terça-feira, 24 de junho de 2008

Casimiro Martins "Camarão"

Padrasto de meu pai... sempre o considerei como avô, e ele, penso, sempre me sentiu como neto. Era um homem alto, de largas costas, mãos com dedos compridos (devido a isso a alcunha, que era um dos nomes, pelos quais era conhecido, um dos grandes "boxeur's" da época, Santa Camarão), voz grossa e bons pulmões (muitas vezes o seu vozeirão serviu como elo de comunicação entre Ladeiras e Carvalhal-Miúdo, onde não havia telefone, e até mesmo com Cortecega?!... O meu avô chegava à Ponta do Aterro, e vai daí... em alta voz transmitia os recados e/ou solicitava a comparência de alguém, com a máxima urgência. Depois era uma correria...).
Este avô paterno era irmão da minha avó materna, e o meu avô materno, irmão da minha avó paterna, portanto os meus pais são primos direitos. Confuso(a)?... (Aqui houve troca dos homens (não é o que estão a pensar!...), do local onde nasceram para o local onde viveram, após casamento. O meu avô de Carvalhal-Miúdo, nasceu nas Ladeiras e o meu avô das Ladeiras, nasceu em Carvalhal-Miúdo).
O avô "Camarão" continuou o negócio do sogro, com a taberna/mercearia, ainda hoje activo, nas Ladeiras, mercê da perseverança da sua filha mais velha, a minha tia Arminda...

foto de Casimiro Rodrigues Martins (da esquerda para a direita: avó Alzira, tias Arminda, Maximina e Isaura, e avô Casimiro Martins, à porta do estabelecimento, Ladeiras, anos 50)

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