domingo, 30 de novembro de 2008

Coimbra - Dois de muitos pormenores 5

MIRADOURO DO VALE DO INFERNO

Situado na margem esquerda do Mondego, que oferece uma das melhores vistas de uma cidade plena de miradouros, sendo, possivelmente, a mais espectacular. Fica na antiga estrada que descia para a ponte de Santa Clara e onde o visitante poderá usufruír de uma deslumbrante e completíssima panorâmica sobre a cidade de Coimbra.

Foto de António Martins (Miradouro do Vale do Inferno, Janeiro de 2005)

PONTE RAÍNHA SANTA ISABEL

Projectada pelo engenheiro António Reis, a mais recente travessia rodoviária sobre o rio Mondego é composta por duas faixas de rodagem, com três vias em cada sentido. A sua inauguração, em 2004, veio permitir o acesso mais rápido à zona do Vale das Flores e Pólo II da Universidade, para quem vem do IC2 ou da margem esquerda da cidade.


foto de Hugo Mendonça (Panorâmica sobre a cidade Coimbra, com a ponte Raínha Santa Isabel em destaque - Janeiro de 2005)

Vale da Fonte

Como o próprio nome indica este pedaço de terra situa-se num vale, pela descida da encosta da Celada da Corte e no lado oposto da Mioteira.
Eram terras onde havia boa produção de géneros agrícolas por serem fartas em água, sendo, com efeito, bastante fertéis quando trabalhadas. Normalmente, por lá eram semeados produtos que estavam sujeitos à rega periódica, pela características locais, já enumeradas.
Para quem vinha de Carvalhal-Miúdo o acesso era rápido, por estreitos caminhos, pois era sempre a descer... só que no regresso é que eram elas! Mas isso acontecia com a maior parte dos terrenos amanhados pelos habitantes desta aldeia, já que a sua situação geográfica, num cabeço (era significado de estar num ponto alto), perspectivava que a maior parte das terras para cultivo ficassem em planos inferiores.
Os meus avós maternos possuiam courelas no Vale da Fonte, que eram muitíssimo frutuosas, pelos rendimentos alimentares ali obtidos. Sobressaíam o milho, as couves e o feijão, para além de outras de menor índice produtivo.
Em miúdo, cheguei a ír até ali, algumas vezes, com o meu avô. Era um local muito fresco, onde as nossas vozes pareciam ecoar. Daí, lá chegado, gostar de cantar alto e/ou gritar, a fim de poder ouvir a ressonância, e o efeito, dessa atitude.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Coimbra - Dois de muitos pormenores 4

ARCO DE ALMEDINA

O Arco de Almedina (nome de cidade marroquina), na baixa de Coimbra, local onde se inicia a Rua de Almedina que nos leva por caminhos íngremes até à Universidade, é nem mais nem menos que um remanescente da cerca de muralhas que um dia envolveram a cidade.
Supõe-se que este Arco tenha sido construído durante os reinados de D. Afonso III e D. Dinis.


foto de António Martins (Arco de Almedina, em Coimbra - Dezembro de 2005)

CAFÉ-RESTAURANTE SANTA CRUZ

Fica situado na Praça 8 de Maio, em Coimbra, ao lado da Igreja com o mesmo nome. É um local mítico da cidade, muito bonito e onde se pode saborear o bom café, conversar em boa companhia e observar a beleza que compõe este belíssimo edifício. Na sua frontaria pode-se ver artística composição de vitrais.


foto de António Martins (Café-Restaurante Santa Cruz, em Coimbra - Dezembro de 2005)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A venda do meu avô (Ladeiras)

Retrocedendo no tempo, venho recordar como era a venda do meu avô quando eu era criança. Tudo era diferente na oferta daquele tipo de comércio, na época (de igual modo, embora com estruturas e grandiosidade díspares, era diferente esta actividade no que concerne à forma de comercializar este tipo de produtos, nas mercearias das vilas e cidades).
Os açúcares (branco e amarelo) vendiam-se a peso, tal como a farinha, o feijão (nas suas diversas espécies). Existiam cartuchos de cartão de diversos tamanhos que correspondiam aos conteúdos específicos e pretendidos pelo cliente, conforme a porção que era pedida o produto era introduzido no cartucho adequado e que podia conter o peso dessa quantidade.
Também o azeite, os óleos, o vinagre eram vendidos avulso (1/2 l; 1l; 1 1/2l, etc.). Normalmente o cliente trazia o seu próprio vasilhame para o produto que queria comprar e pedia para encher, ou por qualquer outra capacidade, que nele coubesse.
A marmelada, as manteigas e as banhas também eram vendidas consoante a necessidade do cliente, o mesmo acontecia com os queijos.
No que se refere à mudança do aspecto do estabelecimento, para os dias de hoje, não é substancial, de todo, mas o conteúdo da loja é que era totalmente diferente. Por trás do balcão das mercearias (quando entramos, do lado direito), onde estava colocada uma balança de braços, havia uma grande vitrana, feita de diversas portas envidraçadas e por baixo os diversos depósitos (cubas), com os açúcares, farinhas (trigo e milho). Muito gostava de levantar a tampa onde estava o açúcar amarelo e meter uma bolinha do mesmo à boca, era uma delícia (muito diferente do de hoje, tinha um supremo paladar). Para a esquerda, sobre umas fragas que incorporam o deslizar do solo, que sustenta a base da casa, até ao sólido chão da loja, haviam umas prateleiras inseridas em móveis abertos, que serviam de montra e onde se apresentavam muitos tipos de produtos, desde os tabacos, fósforos, cadernos escolares, lápis, borrachas, etc.
Virando-nos mais para a esquerda tinhamos um outro balcão, perpendicular aos das mercearias, que era para a zona de taberna, propriamente dita. Ali se vendia o vinho ao copo, aguardentes, licores, sumos, laranjadas, pirolitos, gasosas e, obviamente, oferecia-se a água dos Lameiros. O balcão das mercearias era revestido a madeira, enquanto que o da parte das bebidas tinha o seu tampo em mármore. Havia também uma grande balança no sólo para se pesarem grandes pesos. Existiam três mesas (uma grande e duas pequenas), nelas os clientes podiam-se sentar a beber os seus copinhos e a comer os seus petiscos. Quanto aos petiscos poderiam ser torresmos, carapaus em molho de escabeche ou fritos, petinga frita, peixe do rio, queijo, marmelada e havia sempre uma sopinha à moda da região para quem quisesse, para além do pão (escuro e claro, por vezes a broa).
Quando começava a anoitecer ainda era tudo iluminado a candeeiros de petróleo.
Por cima da loja era a habitação e nos anexos subjacentes existiam currais, arrecadações, palheiros, etc.
Ai que saudades daqueles soberbos paladares e dos espectaculares e frescos aromas...ainda não existia a ASAE.

sábado, 22 de novembro de 2008

Armando Rodrigues

O último dos irmãos Rodrigues (irmão do meu avô materno e da minha avó paterna), sendo o único que se encontra junto dos vivos, com a bonita idade de 88 anos. Natural das Ladeiras (como os restantes), veio para a capital, pela mão do irmão António, onde aprendeu o ofício de alfaiate, tirando mesmo um curso para o efeito.
Casou com Maria da Nazaré, pertencente a uma família oriunda da belíssima região de Constância, de um seio onde foram, igualmente, nadas mais duas meninas. Do matrimónio nasceu um rebento do sexo feminino, Ana-Bela.
Exerceu a actividade de alfaiate em diversas empresas, chegando a trabalhar no meio por conta própria.
Mais tarde, associou-se ao meu pai numa loja da Rua dos Remédios (em Alfama), com o ramo de alfaiataria e pronto-a-vestir, onde se confeccionava imensa obra para diversos feirantes (alguns de nomeada) da nossa praça, na época. A firma teve a denominação de Casimiro & Rodrigues (inicialmente era para ser Martins & Rodrigues, mas tal não foi autorizado pela entidade que na altura tratava deste tipo de registos comerciais). Ao Armando cabia-lhe a parte de alfaiataria, onde chegaram a trabalhar mais de uma dezena de costureiras e dois oficiais, para além do pessoal que trabalhava para a empresa em suas próprias casas (costureiras, modistas e alfaiates).
Alguns anos depois mudaram a sua sede social, e respectivo estabelecimento, para a Rua dos Fanqueiros, nº 234 - 1º andar, onde permaneceram, em conjunto, durante quase vinte anos. No final da década de 70 a sociedade desmantelou-se por discordâncias mútuas. A empresa continuou com outros sócios.
Actualmente, o tio Armando, encontra-se retido no seu lar (praticamente acamado), por motivos da sua frágil saúde.
Dele tenho as melhores recordações (principalmente no meu tempo de infância e juventude), para além dos imbróglios acontecidos. Sempre me dispensou enorme carinho, me endereçou um abraço ou teve uma palavra de incentivo. Assim, julgo que nutriu, sempre, uma boa amizade pela minha pessoa, facto que tentei retribuir, dentro do possível.
A vida nunca é como queremos, mas sim como acontece. Há sempre contingências e incontingências de permeio. Deus decidirá o nosso destino... um abraço tio.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Coimbra - Dois de muitos pormenores 3

JARDIM DA SEREIA

Obra realizada e construída no tempo de D. João V, o parque da Quinta de Santa Cruz (hoje conhecido como Jardim da Sereia) deve-se a Frei Gaspar da Encarnação, ministro que, entre 1723 e 1752, reformou o Convento de Santa Cruz.
Local lindíssimo, onde se pode passar um dia muito agradável e reconfortante pela vegetação que enlea todo o seu espaço, para além da adequada observação (que se deve ter) à entrada do jardim e à sua fonte (frontal) onde se encontra a sereia que dá nome (actualmente) ao local.

foto de António Martins (Entrada do Jardim da Sereia - Abril de 2006)

AQUEDUTO DE SÃO SEBASTIÃO

O Aqueduto de S. Sebastião (ao Arcos do Jardim), situado em frente ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, foi outrora aqueduto romano, que servia para abastecer a alta de Coimbra. Construído pelo italiano Filipe Terzio no reinado de D. Sebastião. É altamente relevante pela sua imponência. E pela minuciosa observação deparamos com um belo exemplar da arquitectura, que é considerado monumento nacional.


foto de António Martins (Vista parcial do Aqueduto de S. Sebastião - Abril de 2006)

Do outro lado do rio

Foi no ano de 1952 que a minha tia Arminda Martins Rodrigues (irmã de minha mãe), natural de Carvalhal-Miúdo, casou com Guilherme Santa Cruz, natural de Cortecega. Guilherme teve de atravessar o rio Ceira para procurar o seu encanto feminino, sua esposa. O casal concebeu três seres, que a minha tia deu à luz, dois meninos, Vítor e Paulo e uma menina, Zulmira.
Foi um casamento simples, como eram aqueles dos nados por estas aldeias naquela época. Mais uma vez o percurso até Góis foi feito a pé (este matrimónio é anterior ao do meus pais), tanto na ida como na volta.
A cerimónia religiosa foi celebrada pelo saudoso padre Belarmino, na Igreja Matriz de Góis.


foto de Casimiro Rodrigues Martins (foto dos noivos, tirada em Carvalhal-Miúdo, no dia do casamento)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O homem, a terra, O MILHO, a farinha e o pão (em verso)

Revolve o campo,
remexe a terra,
semeia um tanto
pela primavera.
Decorre o tempo,
cresce a planta
e o sentimento
ao céu levanta.
Depois desfolha,
sempre a preceito,
sem uma escolha
do mesmo jeito.
Vem o despontar
(de certa maneira),
ou desbandeirar
à soalheira.
Tira as barbelas,
que o tempo urge,
sem sequelas
o apanhar surge.
Leva as espigas
para o palheiro
e sem intrigas
escapela primeiro.
O descamisar
fá-lo em grupo,
para o aliviar
de ouvir um apupo.
Ecoam cantigas,
dão-se em abraços,
no aparecer espigas
de rei a espaços.
Faz a debulha,
os grãos põe na eira,
disso se orgulha
de outra maneira.
Ao sol fica à seca
por algum tempo,
depois da espera
chega o momento.
Vai para moer
no moínho do rio,
é o leve sofrer
dias a fio.
Feito em farinha
trá-lo para casa,
em sacos de linha
na arca os vasa.
De tempos a tempos
na gamela a amassa,
sem contratempos
tudo ultrapassa.
Depois de moldada,
pelas mãos da mulher,
a forma é criada
numa mesa qualquer.
É levada ao forno
para o seu cozimento,
sem fazer transtorno
mas com sentimento.
Passada a sua hora,
com toda a atenção,
retira sem demora
o tão ansiado pão.
Nuance passada
que não foi à toa,
é agora chegada
a esperada broa!...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

"Belanazirató"

Quem ler o título deste texto, certamente, inquirir-se-à: -Que é isto? Que nome é este?...
Viajamos até à década de 60...eu, minha irmã e a nossa prima Anabela juntávamo-nos amiudadas vezes e nessas reuniões, muitas eram dedicadas a cantarolar as cantigas da época, sob a perspectiva de fazermos uma espécie de grupo vocal, mas com umas desafinadas vozes (pelo menos a minha, as vozes femininas nem tanto...). Eram as canções da Madalena Iglésias, Simone de Oliveira, António Calvário, Paco Bandeira, Francisco José, José Cid, Frei Hermano da Câmara, Fernando Farinha, Max, Paula Ribas, Natércia Barreto, Suzy Paula, Hermínia Silva, Amália Rodrigues, Florbela Queirós, Rui de Mascarenhas, António Mourão, Tony de Matos, Teresa Tarouca, etc. e alguns estrangeiros, Adamo, Nicola de Bari, Gigliola Cinquetti, Tom Jones, Engelbert Humperdinck, Roberto Carlos, Nelson Ned, Nilton César, Cliff Richard, etc.
Por vezes, passávamos tardes a cantar, lendo as letras que na época eram vendidas na rua pelos invisuais, e/ou na compra da revista Mundo da Canção (publicação, daquele tempo, exclusivamente de letras de canções).
A certa altura decidimos colocar um nome ao nosso grupo e, vai não vai, ficou o "Belanazirató"... já lá vão cerca de quarenta anos. Como o tempo passa!...



foto de José Casimiro Rodrigues Martins (Maria Alzira e Anabela (em cima) e António Manuel (em baixo), no fontanário das Ladeiras, década de 60)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Coimbra - Dois de muitos pormenores 2

ESTÁDIO CIDADE DE COIMBRA

O Estádio Cidade de Coimbra foi construído ao abrigo e em consonância com as diversas edificações e melhoramentos de estádios, aquando da organização do Campeonato da Europa de Futebol de 2004, em Portugal (onde se disputou a sua fase final). Este recinto desportivo é habitualmente utilizado pela Associação Académica de Coimbra-ASF, tem uma capacidade de 30 mil lugares, as medidas do relvado são de 105x70 metros, foi inaugurado a 29 de Outubro de 2003 e fica localizado no Lugar das Piscinas, em Coimbra.

foto de António Martins (Estádo Cidade de Coimbra e zona envolvente, foto tirada desde o Penedo da Saudade em Abril de 2006)

PENEDO DA SAUDADE

Local mítico de Coimbra, de onde se avista uma deslumbrante panorâmica da cidade. Ali se encontraram, através dos tempos, milhares de casalinhos de namorados, por ali passaram inúmeros estudantes para estudar e/ou conviver, ali permaneceram largas horas, por dia, centenas de artistas (pintores, escritores, poetas, desenhadores, escultores, etc.). Ali se fizeram muitas e muitas serenatas, onde o fado de Coimbra teve papel de realce. Tem sido, ao longo dos séculos, palco de muitas vivências. Quando os estudantes se formam e regressam aos seus locais de origem é sempre um local habitual para as suas despedidas nostálgicas à cidade. Muitas vezes deixam registada a ocasião com a colocação de lápides com mensagens, sempre sentimentais e revestidas de saudades para sempre...


foto de António Martins (Penedo da Saudade, Coimbra - Abril de 2006)

Canto da parede (Ladeiras)

Como quem vai das Ladeiras para Cimo de Alvém, é o nome dado à zona seguinte ao lavadouro até quase ao final da povoação.
Noutros tempos existiam por ali muitas courelas, todas amanhadas, de diversos proprietários. No entanto a casa da família Matos predominava como grande proprietária de grande parte daquelas parcelas de terreno.
A cultura mais implantada por ali era a do milho, para além das batatas... mas era bastante diversificada.
Hoje já nada é assim...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Vésperas de S. Martinho

Rezam os detalhes da memória,
dos remotos tempos do tempo;
que por esta altura a história
abalava, um pouco, o sofrimento!...

Era a grande corrida aos soitos
em busca da esperada castanha;
por entre os matos e magoitos
usava-se da mesma artimanha!...

Comiam-se, às vezes, assadas,
acompanhadas com o belo vinho,
também eram cozidas e piládas,
pelo festivo dia de São Martinho!...

Surgia, assim, uma breve pausa
no árduo trabalho campestre,
todos unidos pela mesma causa,
sob a sábia orientação do mestre!...

Acontecia a abertura das pipas,
para beber o vinho que era novo;
em solene empatia com as ditas,
era a efémera alegria do povo!...

sábado, 8 de novembro de 2008

Monumentos XXIII - Castelo de Penela

Castelo de interesse histórico, inserido na vila de Penela (do distrito e diocese de Coimbra, que recebeu foral em 1131, com cerca de 3900 habitantes), com uma larga cerca de muralhas amealhadas (sécs. XI-XII).


foto de António Martins (Castelo de Penela, vista parcial - Janeiro de 2008)

sábado, 1 de novembro de 2008

Um casamento pouco habitual de oriundos da serra, está prestes a fazer 50 anos

O matrimónio católico do presidente da Comissão de Melhoramentos de Ladeiras de Góis está quase a comemorar cinquenta anos, com efeito esse enlace matrimonial realizou-se a 25 de Janeiro de 1959.
Há a salientar um facto surpreendente para o tempo, um natural das Ladeiras foi desposar uma alentejana, e esse culminar foi concretizado em terras alentejanas.
Luís António Rodrigues Martins que havia vindo para a capital para trabalhar na empresa onde meu pai já trabalhava (Custódio Alves, Lda., com sede na Calçada dos Cavaleiros), e cujo negócio era o de comercialização de fazendas, pronto-a-vestir e por medida, veio a tomar parte em muitas feiras temporais (onde a empresa participava), que se realizavam por todo o sul do país, no Alentejo e Algarve, muitas vezes com o meu pai (ficam mais alguns nomes de colegas de então: - Gastão, Bartolomeu, Vítor, Silvestre, Amadeu, etc.). Ora foi no exercício dessa actividade que o meu tio Luís veio a conhecer a minha tia Joaquina (Joaquina Boa-Nova da Cunha, natural de Estremoz).
Daí o casamento ter sido concretizado na belíssima cidade alentejana de Estremoz, mais precisamente na sua Igreja Matriz (Igreja de Nossa Senhora do Castelo) e o inerente "copo de água", em casa dos pais na noiva, na mesma cidade.




foto de fotógrafo local (Noivos e convidados junto à porta da Igreja Matriz de Estremoz, em 25 de Janeiro de 1959)

Após o casamento o meu tio Luís foi destacado para gerir uma loja da empresa Custódio Alves, em Coruche, localidade onde permaneceu alguns anos.

Desta união nasceram dois "rebentos", um do sexo masculino, Luís António (que nasceu em Coruche), outro do sexo feminino, Ana Paula.
A vida profissional de Luís António Rodrigues Martins continuou ligada ao comércio de pronto-a-vestir e por medida (muitos anos, conjuntamente com o meu pai e com o tio Armando).
Hoje tem um estabelecimento seu, com o seu filho, na Rua dos Fanqueiros, em Lisboa. A esposa teve sempre a profissão de doméstica.
E no próximo 25 de Janeiro comemoram as Bodas de Ouro...
Os votos das maiores felicidades dos administradores de Notas de Carvalhal-Miúdo e Ladeiras de Góis.