quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Cavalo Lusitano


foto de Gonçalo Lobo Pinheiro (Herdade da Brôa, na Golegã - 27 de Janeiro de 2009)

Hoje vou escrever sobre um dos mais emblemáticos animais portugueses, o cavalo Lusitano...

O cavalo Lusitano é originário de Portugal, com particular incidência nas regiões do Ribatejo e do Alentejo.
Estes cavalos já eram montados pelos Romanos há 5000 anos, que consideravam ser o melhor cavalo de sela conhecido.
Embora seja utilizado como cavalo de trabalho, principalmente pelos campinos, no Ribatejo, que têm um especial afecto por esta raça, o Lusitano é, cada vez mais, um cavalo pretendido por inúmeros criadores de todo o mundo, pelas suas características e superiores qualidades, que com efeito são únicas.
É, igualmente, um cavalo de Alta Escola, onde tem sido referenciado como mais valia, já que a sua estrutura lhe permite uma célere e regular aprendizagem. Hoje existem cavalos Lusitanos espalhados pelos cinco continentes, com esta finalidade.
No que se refere à sua posição como cavalo de sela e passeio, verifica-se ser extremamente dócil e participativo, sendo por esse motivo um cavalo de grande procura. É também muito corajoso e tranquilo o que possibilita a sua utilização no meio desportivo, aí se referencia a sua exemplar aptidão para as provas de salto. Tem significativas capacidades para concursos de resistência, onde tem sempre uma palavra a dizer.
No entanto, a sua grande virtude assume-se, sem quaisquer dúvidas, na tauromaquia, onde é verdadeiramente exímio. Neste capítulo, estes cavalos demonstram uma coragem e uma tranquilidade acima da média, saindo à cara do touro sem qualquer receio, sendo nesse âmbito um cavalo de eleição, não só em Portugal, mas em todo o mundo.
Em estado adulto, o Lusitano pode atingir os 500 kg e uma altura de 1,60 m.
As cores mais comuns são: ruço, tordilho, castanho, baio, alazão e ainda o preto.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Festas da Rainha Santa, em Coimbra

Celebra-se em Julho, nos anos pares, em Coimbra, a Festa da sua padroeira, a Raínha Santa Isabel.
Chamam, estas festas, à cidade muitos visitantes de todo o território português e, porventura, de alguns pontos do estrangeiro.


(Varandas engalanadas à passagem da procissão)



(Jovens vestem-se de Rainha Santa)


Fotos de Luísa Simões Martins (pormenor da procissão e imagem da Rainha Santa Isabel - Julho de 2008)

Diversos espectáculos são incluídos nestas festividades. Ocorrem, igualmente, várias exposições, feiras de artesanato e gastronómicas, múltiplas provas desportivas e imensa animação.
O ponto alto das festas, é sem dúvida, a procissão solene em honra da Raínha Santa (as imagens referem alguns pormenores durante a procissão do ano passado), em que o andor, com o peso de cerca de uma tonelada, é transportado por vinte e quatro homens, percorrendo as principais vias da cidade, num percurso entre a Igreja da Graça e o Convento de Santa Clara-a-Nova.
Este trajecto foi inúmeras vezes efectuado pela própria D. Isabel de Aragão, quando viveu em Coimbra, no séc. XIV.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Foto com mais de sessenta anos

Esta foto é um verdadeiro documento.
Foi tirada em Góis, talvez há mais de sessenta anos...
Nela podemos ver o meu avó materno, Casimiro Rodrigues, minha mãe (devia ter uns catorze anos) e a minha avó materna (isto à frente). Atrás, no mesmo sentido, uma senhora que não sei dizer quem é, a D. Maria e seu marido, "ti Zé Sapateiro". Vieram todos de Carvalhal-Miúdo à vila, a pé, evidentemente.
Repare-se na roupagem dos fotografados, que se aperaltaram de forma a parecer bem na sua incursão a ambientes diferentes do seu dia-a-dia.
Já lá vão muitos anos... minha mãe acabou de fazer (dias atrás) setenta e cinco anos.


foto de desconhecido (...em Góis, anos 40)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Arganil - duas referências

HOTEL DE ARGANIL

Situado na Avenida das Forças Armadas, num ambiente tranquilo e rodeado de uma bela paisagem de montanha, encontra-se ao dispôr do turísta, ou do simples viajante, este modernizado estabelecimento hoteleiro, que foi sujeito a profundas remodelações.
Tornou-se, assim, muito acolhedor, dispondo dos serviços complementares de Bar, Facilidades de acesso para deficientes e estacionamento.
A Sala Mont'Alto, criada na perspectiva de ser utilizada para conferências, congressos (de pequeno porte), demonstrações, reuniões e convenções de empresas, tem 180 m2 e uma altura de 3 metros. Possui uma capacidade para uma plateia de 150 pessoas, escola 70, U 60, banquete 130 e "cocktail" 160.

foto de António Martins (Hotel de Arganil e Jardim frontal - Setembro de 2004)

A COMARCA DE ARGANIL

Este jornal centenário, publica-se desde 1 de Janeiro de 1901, tendo sido seu fundador Eugénio Moreira. É, efectivamente, uma autêntica bandeira da imprensa regionalista beirã, sendo, nesse capítulo, uma das mais importantes publicações regionalistas de Portugal.
Acarinhado, desde o seu início, por aqueles que imigraram para os grandes centros, tendo sido, ao longo dos anos, a companhia dos seus tempos livres, a fim de se poderem colocar ao corrente do desenrolar das vivências nas terras onde nasceram.

foto de António Martins (Estabelecimento/Papelaria da "A Comarca de Arganil" - Setembro de 2004)





domingo, 18 de janeiro de 2009

Lisboa

Hoje vou escrever um pouco sobre Lisboa. E porquê?
Porque é a capital do nosso país, porque é um pouco a cidade de quase todos nós, porque, ao longo dos anos, foi o principal pólo imigratório das gentes da nossa serra (e de muitos outros pontos do nosso Portugal profundo...), porque se reveste que grande simbolismo histórico para Portugal, porque é o centro das movimentações político-sociais, onde existem muitos pontos decisórios, porque foi o local de partida para novas descobertas (via marítima), porque é o principal palco português da cultura, porque nela surgiu, com enorme força, a canção denominada de nacional, o fado, e, também, porque quero.
Tem um número de habitantes um pouco inferior a um milhão, sede de concelho, comarca, distrito e arquidiocese (patriarcado).
Situa-se na margem direita do estuário do Tejo, que atinge 15 km de largura no mar da Palha, e a 16 km do Oceano Atlântico, a sua altitude varia entre 6 metros à beira-rio e 226 metros em Monsanto. A temperatura média anual é de 16ºC (média em Agosto, 22ºC; em Janeiro, 10,6ºC), sendo a precipitação média anual de 628 mm em 99 dias.


foto de António Martins (Castelo de S. Jorge e o casario que dele desce - Julho de 2007)

Dizia-se outrora estar a cidade edificada em sete colinas (Castelo, Chagas, Sant'Ana, Santa Catarina, Santo André, S. Roque e S. Vicente), mas a verdade é que ela alastrou muito para além desses limites.

O nome Olissipo (donde provém o topónimo Lisboa e cujo significado não está de todo esclarecido) já o possuia a povoação antes de ser ocupada pelo Romanos em 205 a. C. Outros povos se fixaram na área lisboeta, ao longo dos tempos, tais como Iberos, Celtas, Bárbaros do Norte, Godos, Suevos e Visigodos que permaneceram até à chegada dos Mouros, em 714. A influência moura (muçulmana) deixou profundas marcas na Aschbouna, designação árabe da já então chamada Olissibona. Segundo testemunhos de geógrafos árabes a cidade era bastante populosa e hospitaleira. Por isso foram muitos os reis que dela se tentaram apoderar. Finalmente, em 1147, o 1º rei de Portugal, D. Afonso Henriques, com o auxílio de cruzados (ingleses, alemães e flandreses), após um cerco de 12 semanas, conquistou Lisboa, que teria então entre 12000-15000 habitantes. Mas só em 1179 a cidade recebeu a primeira carta de foral. Foi elevada a capital de Portugal em 1255, por D. Afonso III.


foto de António Martins (Praça D. Pedro V "Rossio" - Julho de 2007)

Desenvolveu-se, sobremaneira, pelo aproveitamento das suas potencialidades e da sua condição de entreposto comercial marítimo, que faria dela, no séc. XVI, uma das mais florescentes cidades do mundo, pois chegou a ser então o principal mercado europeu.
Na sua vida, Lisboa sofreu violentos terramotos (1531, 1551, 1598) antes de se ver parcialmente destruída , em 1 de Novembro de 1755, por um sismo catastrófico, seguido de maremoto e incêndios, havendo então a registar, para além de largos milhares de mortos e da destruição de mais de um terço dos edifícios, a perda irreparável de um património histórico, cultural e religioso de incalculável valor, uma vez que a Baixa (onde se encontravam o palácio real, vários palácios, igrejas e conventos) ficou reduzida um campo de ruínas.


foto de António Martins (vista parcial, com o rio Tejo é a Sé Catedral ao fundo - Julho de 2007)

A Lisboa pombalina ressurgida das cinzas muito ficou a dever aos arquitectos Eugénio dos Santos, Carlos Mardel e Manuel da Maia. Datam praticamente do último quartel do séc. XIX a construção do aterro de Santos (proporcionador de uma grande comunicação com o Ocidente) e a abertura da Avenida da Liberdade (1879) e da actual Avenida Almirante Reis, que impulsionaram a expansão para o interior. Com o Estado Novo (1926-1974) verificou-se, além de um notável surto urbanístico, a modernização dos acessos à cidade - entre eles avulta a ponte que liga Lisboa a Almada, inaugurada em 6.8.1966.
Após o 25 de Abril de 1974 (data em que foi implementado o regime democrático) até aos dias de hoje, Lisboa foi enriquecida com diversos eventos e obras paralelas aos mesmos, onde se salientam a Expo'98, que veio fazer com que se desse vida à parte oriental da cidade e se construisse uma outra "cidade" anexada à já existente, inaugurou-se uma outra ponte sobre o Tejo, a Ponte Vasco da Gama e construíu-se o viaduto junto à Praça Marquês de Pombal, entre outras obras de realce.

Alguns monumentos e pontos de interesse cultural e lúdico, a visitar na cidade:
Torre de Belém, Padrão dos Descobrimentos, Planetário, Museu da Marinha, Museu dos Coches, Museu da Presidência e respectivos jardins, Centro Cultural de Belém, Aqueduto das Águas Livres, Museu do Traje, Museu Militar, Elevador de Santa Justa, Jardim e Igreja da Estrela, Castelo de S. Jorge, Baixa, Sé, Bairros Típicos (Alfama, Mouraria, Madragoa, Bairro Alto, entre outros), Palácio de S. Bento, Parque Eduardo VII, Praça de Touros do Campo Pequeno, Museu da Cidade, Cidade Universitária, Fundação Calouste Gulbenkian, Palácio Foz e muitos outros museus, igrejas, casas de cultura, centros de exposições, salas de espectáculos, espaços de diversão e locais de lazer.

P. S. - Todas as fotos foram tiradas a partir do miradouro do Elevador de Santa Justa.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Adeus Tio Armando, até sempre...

Hoje é um dia triste!...
Faleceu o meu tio Armando, esta madrugada por volta das duas horas. O último sobrevivente dos irmãos do meu avô materno e da minha avó paterna finou a sua existência terrena, após sofredor resistir ao derradeiro desígnio da vida. Ficam as muitas recordações... até lá!...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Esporão com neve...

Foi na passada noite de 9 para 10 de Janeiro que nevou com alguma intensidade nas aldeias da serra, como se pode verificar pela foto abaixo referente a uma imagem da aldeia do Esporão e filtrada de um magnífico trabalho do nosso amigo Paulo Afonso (um dos administradores do blogue Aldeia do Esporão).
Se pretenderem conhecer um pouco mais, a fundo, o que efectivamente sucedeu e em complementaridade o trabalho deste nosso amigo, podem clicar no link para o efeito (Aldeia do Esporão) e seguir o caminho indicado no respectivo blogue.


foto de Paulo Afonso (neve no Esporão... - Janeiro de 2008)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

FIFA WORLD PLAYER 2008

Porque é uma situação um pouco fora do comum para nós portugueses, e porque o futebol é uma actividade desportiva de grande realce e relevo mundial, fujo hoje um pouco à temática do nosso blogue.

CRISTIANO RONALDO é o melhor jogador do mundo! Aconteceu há cerca de duas horas na Ópera em Zurique, na Suíça.
Como já acontecera em 2001 com um outro português, LUÍS FIGO, orgulhamo-nos de ter um outro valor do futebol que alcança este soberbo patamar. Esta noite recebeu o inerente troféu das mãos do "rei" Pelé.
As nossas sinceras felicitações para o jovem jogador do Manchester United, que no ano passado teve uma época esplendorosa, presenteando-nos com fabulosas exibições e alcançando muitas vitórias (pessoais e clubísticas). Penso que este galardão contenta todo o povo português em geral, não só o amante de futebol.
Parabéns Cristiano Ronaldo, para o ano há mais!...


foto de Gonçalo Lobo Pinheiro (No jogo Portugal-Eslováquia, no Estádio da Luz, fase de apuramento para o Mundial 2006 - Junho de 2005)

domingo, 11 de janeiro de 2009

O lavar e o secar de roupa nos anos 50 nas nossas aldeias

Não existiam máquinas de lavar roupa, nas aldeias do Portugal profundo, no início da década de 50. Mesmo nas grandes cidades, nesse tempo, só alguns as possuíam. Nesse tempo nem sequer existia um lavadouro em Carvalhal-Miúdo. Foi construído nessa década, mas uns anos mais tarde.
Então a roupa era lavada em alguidares cheios de água, com sabão, esfregada em pedra limpa, renovada a lavagem em novas águas e depois era torcida. Seguidamente, colocava-se a secar no campo em locais arejados o mais perto possível de casa, em cima de tojeiros ou outros arbustos que não a sujassem (não existiam, naquele tempo, molas e/ou alfinetes para pendurar a roupa). Mais tarde recorreram-se a estendais elaborados pelas mãos humanas, em estilo artesanal. Dois paus espetados na terra (em posição vertical, em frente um do outro) e uma corda apertada ao cimo de cada um, unindo-os desse modo, permitindo estender roupa, presa, com as aludidas molas para a roupa.


foto de Casimiro Rodrigues Martins (minha mãe estendendo roupa, em cima de tojeiros, em Carvalhal-Miúdo, pouco tempo depois do casamento, início dos anos 50)

sábado, 10 de janeiro de 2009

Saliências I

Góis

É a nossa vila!...
Sede de concelho, pertence ao distrito e diocese de Coimbra e comarca de Arganil, com cerca de 2600 habitantes. Encontra-se situada nas abas da serra da Lousã, junto ao sopé de um alcantilado morro com 1045 metros de altitude em forma de gigantesca pirâmide na margem direita do Ceira. Recebeu foral em 1516.

foto de António Martins ( foto tirada do lado da estrada para Carcavelos - Setembro de 2004)

De interesse a igreja paroquial (reconstrução dos séculos XVI-XVII), em cuja capela-mor se encontra um dos mais belos túmulos do Renascimento em Portugal (1531), a ponte manuelina, de dorso em concorva e com três arcos visíveis, e a chamada Casa da Quinta, com os tectos ornamentados com pinturas. Constituído por cinco freguesias, o concelho tem cerca de 6400 habitantes. Possui indústrias de lacticínios e papel e lagares de azeite.


foto de António Martins (Praia fluvial de Góis, junto à estrada para Carcavelos - Setembro de 2004)

Alguns dos dados acima indicados podem não estar em conformidade com a actualidade, pois foram recolhidos em enciclopédia com cerca de doze anos. No entanto servem para solidificar e aumentar o conhecimento sobre os mais prementes aspectos da vila de Góis, no que à sua história e património se refere. Outras ocasiões haverá para serem referenciados e citados diferentes (igualmente significativos) pressupostos.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

"Luana" - a minha gata

Hoje vou fugir um pouco à abrangência temática que é dada ao presente blogue, como já fiz numa ou noutra ocasião... para desanuviar um pouco.
"Luana" é a minha gatinha de raça Persa, nasceu a 30 de Julho de 2005, veio para minha casa a 5 de Novembro do mesmo ano, sua côr tartaruga bicolor (cálico) ( não é muito habitual). É uma indispensável companhia. Às vezes tem as suas traquinices, mas também é muito meiguinha.
Tem um olhos muito bonitos. Já tive um precalço com ela, pois caíu da varanda de nossa casa (um 3º andar) para a rua. Simplesmente fracturou dois dedinhos de uma pata dianteira. Pelo facto teve de permanecer umas semanas ligada e com uma máscara na cabeça para não chegar à parte afectada.
É o enlevo cá de casa...


foto de Gonçalo Lobo Pinheiro ("Luana", a nossa gata - Fevereiro de 2007, pelo Carnaval)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Os namorados entre os cunhados e a sogra

Mais uma visita de meu pai à sua amada, minha mãe, durante um tempo de lazer no início da década de cinquenta. Saíram da casa e vieram dar uma voltinha até ao Cabeço (mas sempre acompanhados, não fosse o desejo intensificar-se...) e veio o "esquadrão" quase completo.
Da esquerda para a direita: - Casimiro Martins Rodrigues, Alice Martins Rodrigues, Casimiro Rodrigues Martins, Isaura Martins Rodrigues (atrás), Arminda Martins Rodrigues e Olinda Martins Rodrigues (minha avó).

foto de desconhecido (Carvalhal-Miúdo, a caminho do Cabeço - Início da década de 50)

sábado, 3 de janeiro de 2009

O casamento dos meus tios Isaura e António

Isaura Martins Rodrigues, natural de Carvalhal-Miúdo (minha tia, irmã de minha mãe) e António dos Santos Rodrigues, natural de Góis, uniram-se pelo matrimónio na Igreja Matriz de Góis, sendo o copo de água (almoço, com direito a jantar) em Carvalhal-Miúdo, em casa de meus avós. Já lá vão quarenta e tal anos. Recordo (ainda era um miúdo) nunca ter visto tanta gente em casa dos meus avós (depois disso só quando eles fizeram cinquenta anos de matrimónio, mas, mesmo assim, em menor quantidade de convidados), até foram contratadas cozinheiras para elaborar, e servir, o manjar (não sei dizer quem...também não perguntei a ninguém o nome das senhoras). Os meus tios vieram depois para Lisboa morar numa fracção de um prédio da Rua Heliodoro Salgado (em frente ao imóvel onde moram meus pais), a minha tia exerceu a sua actividade laboral fazendo limpezas a dias e/ou tomando conta de crianças, o meu tio, inicialmente, dedicou-se à pintura de interiores e a trabalhos inerentes à construção civil. Posteriormente mudaram-se para o Cacém e mais tarde para Coimbra (mais propriamente para Taveiro). Aí a minha tia continuou a dedicar-se a funções semelhantes às tidas na capital e o meu tio foi trabalhar para Caixa Nacional de Pensões, em Coimbra, onde exerceu durante anos as funções de porteiro, num departamento junto ao terminal rodoviário de autocarros de carreira. Após se reformarem construiram uma casa em Carvalhal-Miúdo, de que a minha tia, praticamente, não desfrutou, pois veio a falecer pouco depois (a casa encontra-se, actualmente, abandonada, já que o meu tio estabeleceu seu domicílio em Góis).
Em particular para si, tia Isaura, fica aqui esta simples homenagem. Até lá...


foto de fotógrafo desconhecido (tios Isaura e António, já casados, à porta da Igreja Matriz de Góis).

P.S. - Reconheço na foto, atrás dos noivos, a minha irmã, a minha mãe, o meu primo Hélder (filho do tio José Rodrigues) e o sr. Júlio (natural de Cimo de Alvém, mas casado em Carvalhal-Miúdo, onde residia na circunstância).

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Bom Ano de 2009

O blogue "Notas de Carvalhal-Miúdo e Ladeiras de Góis", vem desejar a todos os seus leitores e amigos um feliz, produtivo, saudável e rentável ano de 2009. Queremos alicerçar os nossos votos estendendo-os a outros amigos da blogosfera: - Terras do Esporão (na pessoa de Abílio Bandeira, grande incentivador para que o presente blogue exista...forte abraço); Aldeia do Esporão (à Marisa, que teve um final de 2008 doloroso pelo desaparecimento terreno de seu pai e ao Paulo Afonso, pela sua cumplicidade e amizade); Sobreiras do Esporão (ao amigo Adriano, sempre presente); Voz do Goulinho (ao amigo Assunção pela sua amizade, seu companheirismo e sua frontalidade...de longa data); O Rouxinól de Pomares (ao amigo António, doutras terras, mas beirãs...foi um prazer tê-lo conhecido, pessoalmente); Moínhos/Loureiro (ao amigo Vítor, pela empatia e presença assídua); Colmeal, Penedos, companheiros do sítio Luso-Poemas (que nos têm mimado com amiudes comentários, sempre elogiosos e nos endereçaram votos de Boas Festas); às Comissões de Melhoramentos do Esporão e de Ladeiras de Góis pela sua regular afabilidade e um singelo agradecimento a Impulsos (na pessoa da Cleo, que por aqui também passou e me incentivou noutras lides...a poesia).
A todos em geral, súbitos e assíduos frequentadores deste blogue, bom ano de 2009.
Aquele abraço...
A administração,
António M.R.Martins
Gonçalo Lobo Pinheiro

Monumentos XXIV - Capela do Senhor dos Aflitos, na Lousã

Foi a quarta capela a ser construída do conjunto de ermidas da Nossa Senhora da Piedade. Edificada em 1912, situa-se no morro fronteiro junto ao castelo. Esta é também de reduzidas dimensões, apresentando um estilo neo-romântico com cantarias e o altar revivalista executado pelo escultor conimbricense João Machado.


foto de António Martins (Capela do Senhor dos Aflitos, na Lousã - Agosto de 2008)