quinta-feira, 12 de junho de 2008

António Martins "Rato"

Meu padrinho de baptismo (sua mulher, Olinda Rodrigues, foi minha madrinha)...
Natural do Esporão, onde nasceu na zona antiga da aldeia, veio a residir, mais tarde (mesmo depois de casar) no Cabeço da Fonte, outro cantinho da povoação. Em Lisboa era comerciante, em conjunto com a esposa (possuíam uma engraxadoria e um lugar de frutas e legumes, em Alcântara, onde passámos muitos e belos sábados de tarde e domingos...)
Homem que muito admirava, áustero, rude, amargo (por vezes), agreste, mas um bom coração. Quando era ocasião para tal, gostava de animação, convívio da família (em amenas petisqueiras) e, se fosse oportuno, pegava na sua viola e lá se seguiam a música e as respectivas desgarradas ao desafio: - Venho agora do Porto Alto e queira Deus que não ouça; a Rosalina das Ladeiras queria que eu lavasse a louça!... (cantou-lhe, numa dada festa, o meu tio José Rodrigues).
Deu-me o nome, António, com a anuência de meus pais (Manuel, surge por homenagem ao meu avô paterno...).
Faleceu, ainda eu estava solteiro, e devo ter sido a última pessoa a vê-lo em vida, nos Olivais, em Lisboa, para além dos elementos do seu seio familiar (esposa, filho, nora e netos).
Esta minha singela alusão e homenagem da sua pessoa, reporta-se ao tempo da inauguração da sua nova casa nas Ladeiras, ainda eu era miúdo (já lá vão mais de 40 anos), e para a qual foram convidadas dezenas de pessoas, entre família, amigos e representantes das edilidades locais, da época.
Foi uma festa com muita gente, alegria (não faltou muita comida e imensa bebida), música e cantares diversos com lançamento de foguetes...um deles houve que fez um percurso inusitado, dando azo a um pequeno fogo, logo apagado, mas que levou a que algumas pessoas ficassem com alguns picos na pele ao caírem sobre os silvados e mioteiras, no sentido apressado de não deixarem ecludir qualquer incêndio(já era noite). Tudo acabou em bem, e foi, concerteza, para quase todos os presentes um dia para não mais esquecerem!...


foto de desconhecido (Reunião de família - António Martins, 1º à esquerda e… eu último, à direita, em baixo - anos 60)

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