terça-feira, 20 de setembro de 2011

A propósito de um poema da Maria Olinda B. N. Simões, publicado no jornal "O Varzeense", nº. 565, de 15 de Setembro, na sua página 3, e de uma extraordinária tarde passada no Esporão, com um belo almoço (Chanfana), no passado dia 21 de Agosto.

Foi num dia integrado nas férias do meu filho que se encontra a trabalhar em Macau, como jornalista do "Hoje Macau", jornal em língua portuguesa. Ele veio até Portugal, após 11 meses de ausência, passar 17 dias e tudo passou num ápice. Mas ele não queria deixar essa curta passagem sem dar um saltinho às aldeias, e à freguesia, onde nasceram seus avós. Por lá passou muitas férias das suas infância e juventude. Depois da inauguração da sua exposição fotográfica "Macau, um ano em vinte fotografias", que ocorreu em Ansião, no dia 19 de Agosto, escolheu-se o dia 21 para nos deslocarmos até Góis, Ladeiras, Esporão e Carvalhal- Miúdo.


Falámos, anteriormente, pelo telefone com o nosso tio Casimiro, a passar férias alternadas entre Carvalhal-Miúdo e Esporão, e contámos-lhe da nossa intenção ao que ele sugeriu que viéssemos almoçar ao Esporão, porque ía haver um almoço na Casa de Convívio, cuja ementa era Chanfana.
Ora o Gonçalo, tal como nós, mas ele em especial, ficou agradado com a hipótese de saborear uma das tradicionais ementas da região. Vamos a isso!...
Já por lá, soubemos que iria acontecer o sorteio de um porco, após o nosso manjar (durante a tarde), pela aquisição de bilhetes numerados para o efeito. O número premiado iria ser designado pelo próprio animal, solto no recinto antecipadamente registado com a colocação de todos os números à venda, pois iria defecar em cima do número que indicaria o sortudo, para a sua futura posse.


Aqui fica uma pequena troca de fotos para com a Maria Olinda que se encontra de objectiva em punho, talvez preparando-se para tirar a foto abaixo publicado no jornal "O Varzeense", ou depois da efectivação desse acto.


Todos iam observando o movimento do suíno e ansiando que o mesmo depositasse o seu alimento triturado pelo organismo e transformado nas fezes da sorte. Neste caso, claro!


Foi esperar e desesperar, que o animal não tinha vontade. Aliás ele tinha defecado momentos antes de entrar no recinto, o que veio alterar, um pouco, os planos da organização e de quem terá adquirido o possível direito, por sorte, de vir a usufruir de tão robusto animal.
Eu fui um dos esperaram, esperaram, esperaram!...

Entretanto aproveitámos aquele impasse para darmos um saltinho a Carvalhal-Miúdo e reavivarmos as nossas memórias. Mais um pedaço de nostalgia assolou nossos âmagos.
Passado algum tempo, o regresso ao Esporão. A obra tinha sido feita há pouco, já havia vencedor. Julgo que foi bem destinado o prémio, para alguém humilde, que por esse estatuto, que releva muita gente, ainda teve o superior gesto de oferecer metade do animal para outro almoço convívio, no mesmo local, no sábado seguinte.
Ainda há gente assim e por estas paragens ainda abunda alguma!...

Mais alguns minutos de convívio em boa harmonia, uma jogatana às moedas (para ver quem pagava a próxima bebida), uma "minis" bebidas e regresso a Ansião, numa noite de autêntica trovoada e mau tempo.
Nesse anoitecer a energia foi abaixo umas cinco ou seis vezes, em Ansião (o Gonçalo ficou admirado com esse consecutivo acontecer), que veio dificultar o uso dos pc's e a devida preparação das fotos tiradas ao longo do dia, mas no dia seguinte tudo amainou, regressando o sol com todo o seu esplendor. 


Este o poema criado pela Maria Olinda B. N. Simões, publicado da edição nº. 565, de 15 de Setembro de 2011, na sua página 3 (logo abaixo da minha contribuição poética), regular contribuidora nessa matéria no Varzeense e que abordou o tempo do almoço referido e de toda a envolvência pela tarde fora. Por ser retrato de qualidade de tudo o que se passou e por adicionar uma imagem que comprova que nós estivemos presentes, porque inseridos na mesma, anexo a esta publicação com o devido aceno de simpatia e admiração para a autora.

Foi uma daquelas tardes inesquecíveis, efectivamente!
E nós estamos gratos a todos os que a concretizaram, com a referência primordial para os nossos tios Casimiro e Aurora.
Bem hajam!!!