quarta-feira, 21 de abril de 2010

A flor, a abelha e o mel

Ainda a flor sorria
Do beijo que a abelha deu
Outra abelha lhe pedia
Um pouco do pólen seu

Mais um sorriso surgiu
Pelo gesto carinhoso
E logo depois partiu
Com seu manjar guloso

Junta-se à abelha anterior
No voo para a colmeia
Numa aliança em puro anel

São percursos de amor
Que a natureza incendeia
E nos dão o saboroso mel


António MR Martins

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu gosto muito de mel
Muito mais de marmelada
Mas para que seja bem feita
Tem que ser com minha amada

VOZ do Goulinho
António Assunção

Elvira Bernardo disse...

Olá. A este chamaria de "giríssimo". E retrata "coisas" que são, afinal, "imagens" da "nossa terra". É disto que eu gosto, também, porque tenho lá um pedaço de mim. Parecendo que não, e embora não seja o caso neste poema, entre os animais existe, muitas vezes, o carinho e a cumplicidade que fazem parte da sua inocência. Poema singelo mas de grande beleza... gostei. Beijinhos.