quarta-feira, 29 de julho de 2009

Uma visita ao Esporão...

Foi durante uma curta estada em Carvalhal-Miúdo, com meus pais e em tempo de férias (também curto), que aproveitámos para passar uma tarde no Esporão, após tomarmos o café no restaurante da aldeia (junto à estrada principal).
Dia 3 de Julho de 2009...
A primeira foto foi tirada ao lado do restaurante onde obtive uma panorâmica parcial da aldeia e da sua magnífica paisagem envolvente (foto abaixo).


Seguidamente temos duas placas toponímicas com o nome de duas ruas do Esporão, que homenageiam e referenciam dois ícons da vida desta terra. Rua Casimiro Martins, o grande presidente da Comissão de Melhoramentos (falecido em brutal acidente), que entre muitas outras coisas, trouxe a electricidade para aldeia, e com isso a possibilidade de Carvalhal-Miúdo vir a usufruír de idêntico melhoramento. Rua Comissão de Melhoramentos do Esporão, a grande baluarte do contínuo progresso da aldeia.











Seguimos o nosso percurso e encontramos a Capela (recentemente sujeita a obras de manutenção e revitalização). Ali ao lado aproveitei para tirar uma foto para o cimo da estrada visualizando o ponto contrário ao início da nossa visita.










Estarmos neste lugar, na companhia de meus pais, foi dando azo ao recordar situações antigas, pessoas que habitavam o Esporão noutros tempos, histórias da sua mocidade e outras que os seus avós lhes haviam contado. Este trajecto teve de ser feito a passo lento porque eles já têm alguma dificuldade em movimentar-se. Ao mesmo tempo possibilitou uma maior integração ao meio e uma superior interiorização do ambiente.



Uma foto sob a Boleirinha permitiu trazer a recordação de um espaço emblemático da aldeia, onde muitas recordações se foram desvanecendo com o desenrolar do tempo. Observando-a um sentimento nostálgico nos invade.













Depois o encontro com uma rua com o nome de um grande impulsionador do progresso do Esporão, ao longo de décadas, Rua Cassiano Antunes Bandeira. De seguida o convívio com a casa que actualmente pertence à minha tia Aurora e à sua irmã Ilda Celeste, minha comadre.










Chegou o momento de apresentar os intervenientes desta visita: - À esquerda, a Luísa (minha mulher) e meus pais e à direita, eu...



No fundo do lugar encontrámos dois autênticos realces arquitectónicos. Duas casas que foram recuperadas, usando o método tradicional da aplicação do xisto e que, de certa forma, melhoraram substancialmente a beleza da aldeia, já de si muito bela. No caso da foto acima temos a casa de um grande defensor da aldeia (um grande batalhador pelo regionalismo), Adriano Filipe. Aproveitamos para lhe endereçar as nossas felicitações por esta extraordinária obra.



Finalmente, e após encontrarmos a Marisa (que chegava do trabalho naquele altura), onde nos cumprimentámos e, de alguma maneira, nos apresentámos, pudemos (por sua gentileza) visitar o Museu do Esporão, verdadeiro ex-libris da povoação. Fomos acompanhados na visita pela Marisa e sua mãe e, assim, desfrutámos daquele esplendoroso tesouro, expoente histórico e cultural deste povo. Foi maravilhosa a visita e muito agradável o convívio. Ainda tivémos a companhia da prima Anália e, após a visita ao museu, a possibilidade para continuarmos a nossa amena conversa. Soubemos que o Paulo Afonso estaria a caminho da aldeia, mas começava a ficar tarde, para se ír confeccionar o jantar, e o dia tendia a escurecer.
Aqui fica esta recordação e a nossa singela homenagem ao Esporão e às gentes dessa aldeia amiga. Até sempre!
fotos de António Martins (na que eu apareço o fotógrafo foi a Luísa Martins), tiradas no Esporão a 3 de Julho de 2009

4 comentários:

Adriano Filipe disse...

Boa tarde amigo António
Mais uma vez o meu amigo faz um retrato do Esporão,não só pelas imagens,mas também pelas suas referências ás pessoas da aldeia, à C.M.E, aos familiares,palavras sempre amigas.Gostei,o meu obrigado.
Agradeço as palavras que me são dirigidas.
Um abraço
Até sempre
A.Filipe

Anónimo disse...

Boa noite, caro amigo.
É verdade, finalmente conhecemo-nos. Foi um prazer acompanhá-lo.
Agradeço aqui também a sua referência à nossa aldeia, e a sua carinhosa descrição.
Faltou apenas o Paulo Afonso e o Abilio para ficar completo o quadro.
Até breve... cá esperamos aquela novidade!

Guidinha Pinto disse...

Boa tarde. Já lamento não conhecer o fundo do lugar do Esporão. Está muito bonito. Acontece que o amigo também é capaz de não conhecer o fundo do lugar da Cerdeira... digo eu :)... Ambas as terras têm a entrada na estrada nacional 2 e com restaurante. E se aí paramos, daí seguimos. Noto que o Esporão tem mais gente a viver. São também mais jovens. Um destes dias, quando por aí de férias, hei-de pedir a marido para cortar à direita e descer. Já agora, gostava de olhar para as casinhas de xisto.
E as suas estórias são as estórias lá da Cerdeira ... e já há tão poucos a contá-las.
Gosto de vir até aqui :)
Saudações.

Elvira Bernardo disse...

Já tinha lido o artigo por alto, mas não tive tempo de comentar. Também eu gosto e tenho o prazer de conhecer o Esporão, conheci de miúda, e há dois ou três anos por uns amigos de lá que me viram em cima, no café, e tiveram a gentileza de me levar a conhecer a Casa de Convívio e zona ao redor. Nao conheço na totalidade - por exemplo a zona das casas recuperadas "à moda antiga - xisto", que acho lindíssima a avaliar pelas fotografias que postaste, nem o museu, do qual já tinha ouvido falar. É um tanto parecida com a Cerdeira de Góis, no sentido de ser diferente das Ladeiras, que é um lugar quase todo ele com as suas casas plantadas à beira da estrada. É também um lugar, como dizes, em que a população não tem decrescido muito, ao invés de outros lugares pela serra. Mas a minha prima tem razão, qualquer dia não haverá muitos a contar estas histórias e outras ainda mais antigas... Bem, eu, desde que comecei a comentar nos "Blogues", e entre outras coisas mais, não saio do computer, fico sem tempo disponível... Beijinhos.