terça-feira, 17 de junho de 2008

João Antunes

Dedicou-se a Carvalhal-Miúdo, após se reformar, para onde veio viver com sua mulher D. Preciosa... casal de fracos recursos económicos, sobreviviam com muitas dificuldades, vivendo numa casa bastante humilde, junto às Alminhas, com restrições. Mas recordo a sua voz ligeiramente rouca, a sua amabilidade e o seu trato (para mim) bem diferente de todas as outras pessoas que eu por ali via (pelo menos com os meus olhos e ouvidos de criança), naquele tempo. Gostava de conversar com ele!... Falava-me muito do seu clube, "Os Belenenses" (que é, por coincidência, também o meu)... de nomes como o de Moreira, José Pereira, Tonho, Matateu, Vicente, Di Pace, Paz, Yaúca, Peres, Godinho, Estevão, e de outros nomes mais antigos, tais como: - Pepe, Mariano Amaro, Capela, Vasco, Feliciano, Serafim e mais, mais... muito gostava eu de o ouvir. Entretanto, mais tarde, mudaram-se para uma casa mais nova, um pouco mais acima, mas ainda por acabar, mesmo assim com muito melhores condições que a anterior. Faleceu, creio, na década de 70.
Hoje, seu filho José e sua neta Irene, também já reformados, são dos habitantes mais assíduos da aldeia, permanecendo em Carvalhal-Miúdo, mais ou menos, nove meses por ano. Residem na última habitação de seus pais e avós, que melhoraram, com o tempo, dotando-a de infraestruturas adequadas ao seu bem-estar e conforto...


foto de Casimiro Rodrigues Martins (João Antunes, marcado na foto, anos 50)

NOTA: Antigamente, as pessoas juntavam-se a fim de se despedirem daqueles que, estando fora, vieram passar uns dias à sua terra natal.

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