saía, outrora, o pastor;
com suas ovelhas saltitantes
em ofício de enorme valor.
Pela fresquinha manhã,
estava o pasto tenrinho;
caminhava lesto, com afã,
e o seu gado de mansinho.
Passava-se isto nas aldeias
onde nasceram meus pais,
em tempos de sua infância.
Também eles pastores a meias,
interiorizados de outros ideais,
mudaram para outra distância.
António MR Martins
foto de António Martins (A velha mina, na parte mais elevada, de Carvalhal-Miúdo - Setembro de 2007)
3 comentários:
Olá Tó Mané. Mais um poema encantador que acabei de ler. Era mesmo assim, antigamente, pastores, alguns, como o meu pai, a meias com outros afins. Trancreves bem a beleza das gentes daqueles lugares e suas ocupações. Quero dizer-te que já adquiri, com muito gosto, os teus dois livros de poesia, mas ainda não tive tempo de ler, só li os prefácios e mirei um ou dois e vi que estes, já conhecia. Foi na livraria Barata que não fica longe de minha casa. Beijinhos e fica bem.
Tambem na minha terra era assim
O gado pastava na serra
Junto ao pé de mim
Enquanto eu roçava o mato
Para no corral fazer estrume
Para adubar a terra.
Voz do Goulinho
ALA Poemas
Um abraço pela partilha e também por me fazer recordar os verdes pastos e o silencio dos badalos, que nos ensina tanta coisa.
Marisa
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