Foi durante uma curta estada em Carvalhal-Miúdo, com meus pais e em tempo de férias (também curto), que aproveitámos para passar uma tarde no Esporão, após tomarmos o café no restaurante da aldeia (junto à estrada principal).
Dia 3 de Julho de 2009...
A primeira foto foi tirada ao lado do restaurante onde obtive uma panorâmica parcial da aldeia e da sua magnífica paisagem envolvente (foto abaixo).
Seguidamente temos duas placas toponímicas com o nome de duas ruas do Esporão, que homenageiam e referenciam dois ícons da vida desta terra. Rua Casimiro Martins, o grande presidente da Comissão de Melhoramentos (falecido em brutal acidente), que entre muitas outras coisas, trouxe a electricidade para aldeia, e com isso a possibilidade de Carvalhal-Miúdo vir a usufruír de idêntico melhoramento. Rua Comissão de Melhoramentos do Esporão, a grande baluarte do contínuo progresso da aldeia.
Seguimos o nosso percurso e encontramos a Capela (recentemente sujeita a obras de manutenção e revitalização). Ali ao lado aproveitei para tirar uma foto para o cimo da estrada visualizando o ponto contrário ao início da nossa visita.
Estarmos neste lugar, na companhia de meus pais, foi dando azo ao recordar situações antigas, pessoas que habitavam o Esporão noutros tempos, histórias da sua mocidade e outras que os seus avós lhes haviam contado. Este trajecto teve de ser feito a passo lento porque eles já têm alguma dificuldade em movimentar-se. Ao mesmo tempo possibilitou uma maior integração ao meio e uma superior interiorização do ambiente.
Uma foto sob a Boleirinha permitiu trazer a recordação de um espaço emblemático da aldeia, onde muitas recordações se foram desvanecendo com o desenrolar do tempo. Observando-a um sentimento nostálgico nos invade.
Depois o encontro com uma rua com o nome de um grande impulsionador do progresso do Esporão, ao longo de décadas, Rua Cassiano Antunes Bandeira. De seguida o convívio com a casa que actualmente pertence à minha tia Aurora e à sua irmã Ilda Celeste, minha comadre.
Chegou o momento de apresentar os intervenientes desta visita: - À esquerda, a Luísa (minha mulher) e meus pais e à direita, eu...
No fundo do lugar encontrámos dois autênticos realces arquitectónicos. Duas casas que foram recuperadas, usando o método tradicional da aplicação do xisto e que, de certa forma, melhoraram substancialmente a beleza da aldeia, já de si muito bela. No caso da foto acima temos a casa de um grande defensor da aldeia (um grande batalhador pelo regionalismo), Adriano Filipe. Aproveitamos para lhe endereçar as nossas felicitações por esta extraordinária obra.
No fundo do lugar encontrámos dois autênticos realces arquitectónicos. Duas casas que foram recuperadas, usando o método tradicional da aplicação do xisto e que, de certa forma, melhoraram substancialmente a beleza da aldeia, já de si muito bela. No caso da foto acima temos a casa de um grande defensor da aldeia (um grande batalhador pelo regionalismo), Adriano Filipe. Aproveitamos para lhe endereçar as nossas felicitações por esta extraordinária obra.
Finalmente, e após encontrarmos a Marisa (que chegava do trabalho naquele altura), onde nos cumprimentámos e, de alguma maneira, nos apresentámos, pudemos (por sua gentileza) visitar o Museu do Esporão, verdadeiro ex-libris da povoação. Fomos acompanhados na visita pela Marisa e sua mãe e, assim, desfrutámos daquele esplendoroso tesouro, expoente histórico e cultural deste povo. Foi maravilhosa a visita e muito agradável o convívio. Ainda tivémos a companhia da prima Anália e, após a visita ao museu, a possibilidade para continuarmos a nossa amena conversa. Soubemos que o Paulo Afonso estaria a caminho da aldeia, mas começava a ficar tarde, para se ír confeccionar o jantar, e o dia tendia a escurecer.
Aqui fica esta recordação e a nossa singela homenagem ao Esporão e às gentes dessa aldeia amiga. Até sempre!
fotos de António Martins (na que eu apareço o fotógrafo foi a Luísa Martins), tiradas no Esporão a 3 de Julho de 2009
4 comentários:
Boa tarde amigo António
Mais uma vez o meu amigo faz um retrato do Esporão,não só pelas imagens,mas também pelas suas referências ás pessoas da aldeia, à C.M.E, aos familiares,palavras sempre amigas.Gostei,o meu obrigado.
Agradeço as palavras que me são dirigidas.
Um abraço
Até sempre
A.Filipe
Boa noite, caro amigo.
É verdade, finalmente conhecemo-nos. Foi um prazer acompanhá-lo.
Agradeço aqui também a sua referência à nossa aldeia, e a sua carinhosa descrição.
Faltou apenas o Paulo Afonso e o Abilio para ficar completo o quadro.
Até breve... cá esperamos aquela novidade!
Boa tarde. Já lamento não conhecer o fundo do lugar do Esporão. Está muito bonito. Acontece que o amigo também é capaz de não conhecer o fundo do lugar da Cerdeira... digo eu :)... Ambas as terras têm a entrada na estrada nacional 2 e com restaurante. E se aí paramos, daí seguimos. Noto que o Esporão tem mais gente a viver. São também mais jovens. Um destes dias, quando por aí de férias, hei-de pedir a marido para cortar à direita e descer. Já agora, gostava de olhar para as casinhas de xisto.
E as suas estórias são as estórias lá da Cerdeira ... e já há tão poucos a contá-las.
Gosto de vir até aqui :)
Saudações.
Já tinha lido o artigo por alto, mas não tive tempo de comentar. Também eu gosto e tenho o prazer de conhecer o Esporão, conheci de miúda, e há dois ou três anos por uns amigos de lá que me viram em cima, no café, e tiveram a gentileza de me levar a conhecer a Casa de Convívio e zona ao redor. Nao conheço na totalidade - por exemplo a zona das casas recuperadas "à moda antiga - xisto", que acho lindíssima a avaliar pelas fotografias que postaste, nem o museu, do qual já tinha ouvido falar. É um tanto parecida com a Cerdeira de Góis, no sentido de ser diferente das Ladeiras, que é um lugar quase todo ele com as suas casas plantadas à beira da estrada. É também um lugar, como dizes, em que a população não tem decrescido muito, ao invés de outros lugares pela serra. Mas a minha prima tem razão, qualquer dia não haverá muitos a contar estas histórias e outras ainda mais antigas... Bem, eu, desde que comecei a comentar nos "Blogues", e entre outras coisas mais, não saio do computer, fico sem tempo disponível... Beijinhos.
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