Como o próprio nome indica este pedaço de terra situa-se num vale, pela descida da encosta da Celada da Corte e no lado oposto da Mioteira.
Eram terras onde havia boa produção de géneros agrícolas por serem fartas em água, sendo, com efeito, bastante fertéis quando trabalhadas. Normalmente, por lá eram semeados produtos que estavam sujeitos à rega periódica, pela características locais, já enumeradas.
Para quem vinha de Carvalhal-Miúdo o acesso era rápido, por estreitos caminhos, pois era sempre a descer... só que no regresso é que eram elas! Mas isso acontecia com a maior parte dos terrenos amanhados pelos habitantes desta aldeia, já que a sua situação geográfica, num cabeço (era significado de estar num ponto alto), perspectivava que a maior parte das terras para cultivo ficassem em planos inferiores.
Os meus avós maternos possuiam courelas no Vale da Fonte, que eram muitíssimo frutuosas, pelos rendimentos alimentares ali obtidos. Sobressaíam o milho, as couves e o feijão, para além de outras de menor índice produtivo.
Em miúdo, cheguei a ír até ali, algumas vezes, com o meu avô. Era um local muito fresco, onde as nossas vozes pareciam ecoar. Daí, lá chegado, gostar de cantar alto e/ou gritar, a fim de poder ouvir a ressonância, e o efeito, dessa atitude.
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