O fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro tem uma particularidade para comigo, é o meu braço direito (e às vezes também esquerdo) no dar vida continua a este espaço, mas há um outro "pormenor" na nossa relação, é meu filho. Sou pai há trinta anos, tantos os anos dele, pois é meu único filho.
Resolvi preencher o conteúdo da minha postagem de hoje, com uma alusão à sua pessoa.
Tem sido um filho presente, com as suas hesitações (o que é normal nos seres humanos). Em criança fez as suas traquinices e foi crescendo com a sua irreverência, apanágio da juventude.
Estudou na Escola Primária que eu frequentei e foi igualmente para outro estabelecimento de ensino, onde eu pisei o chão, a Escola Nuno Gonçalves (no meu tempo era só de dois anos a permanência por lá, que era o período de duração do Ciclo Preparatório, já extinto), onde permaneceu até ao 9º ano de escolaridade, seguindo, depois, para o antigamente denominado Liceu Gil Vicente. Chegou à universidade para se integrar num curso, onde não foi muito feliz. Só tardiamente vislumbrou a hipótese de mudar de curso (foram perdidos quase quatro anos, sem muito sentido, embora tudo sirva de aprendizagem). Mudou, então, para área das Ciências da Comunicação onde se sentiu mais feliz, e onde se pode embrenhar a contento num destino, que teve como epílogo a obtenção do respectivo licenciamento, na vertente de jornalismo. Apesar da sua situação de trabalhador-estudante conseguiu fazê-lo, sem perder qualquer "fio à meada".
Nesta foto, tirada por Jorge d'Azevedo, numas férias com seus avós. Ali está ele no Esporão, junto às bombas da gasolina, com seu ar malandreco.
Belíssima foto, tirada por Inês Sardinha, onde o Gonçalo se interioriza com a sua objectiva, num ritual que começou a pertencer-lhe, de forma regular, no simples quotidiano.
Depois foi o surgir e a procura de oportunidades, dentro do manancial de dificuldades que assola a nossa vida diária. Foi escolhida uma sua foto, postada no "1000 imagens", para um postal dos CTT, começou a fotografar como freelancer, estagiando para a Intermeios - Agência Noticiosa, e na sequência deixando mostras do seu trabalho por diversos jornais e revistas (Comércio do Porto, Jornal de Notícias, TV Guia, Superfoot Magazine, já extinta, onde escrevia, também, os textos, Público, Correio da Manhã, Notícias Choque (já extinta), Inovar.te, blogues, sites, etc.), tornando-se posteriormente colaborador do Jornal "A Bola" e mais tarde do "I", para além de muitas outras acções de diversa índole, nos mais diversos sectores.
Hoje tem o seu trabalho publicado no jornal "A Bola" de forma assídua. De permeio publicou um livro de poesia, estando em estudo a publicação de um segundo.
Para além de todas as dificuldades, que são generalizadas, e todos sabemos quais são, sendo a principal a de não conseguir uma efectividade laboral no seu principal posto de trabalho, o que, muitas vezes, provoca a ansiedade que não é boa companheira no sentido de tornar mais qualificado o seu trabalho, continua a sua "luta" com uma grande qualidade profissional.
Já participou em diversas exposições e já obteve alguns prémios com seus trabalhos fotográficos.
Fica esta pequena referência sobre aquele que adoramos... eu e minha mulher, o nosso filho.
Gonçalo espero que não te importes por esta minha pequena divagação sobre o teu percurso de vida.
Bem hajas. E sê feliz. É o que, para ti, ambicionamos (eu e tua mãe).
4 comentários:
Oh my god!!!
Não tenho mais palavras...
OBRIGADO!
Beijos
Gonçalo,
E esta!?
Tens uns pais maravilhosos
Beijinhos
Madrinha
Oi filho que surpresa o pai te fez.
Eu também fui apanhada, não sabia que ele tinha feito das dele...
Beijinhos aos dois.
LSM
Bela descrição curricular.
Sei que venho tarde. Mas como diz o ditado, mais vale tarde do que nunca. Parabéns e sucesso, são os votos d'
O Rouxinol de Pomares (AMS)
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