O Tempo parou, eu perdi a idade, recuei mais de 40 Anos… Que saudade… A nostalgia… A recordação que repentinamente se apoderou de mim…. Eis que voltei ao meu passado, à minha meninice…. Recordo o som que estas mós faziam e que me embalaram nos primeiros dias da minha vida, pois foi exactamente, na casa por cima destas mós que eu nasci e que vivi os primeiros dias da minha vida. Apenas estávamos separados pelas tábuas e pelos barrotes que as suportavam…mas aquele som! Na altura os meus queridos Pais não tinham nenhuma máquina fotográfica que registasse estes “momentos” das coisas, por isso é para mim, muito gratificante ver aqui publicado algo que me foi e, ainda é tão próximo, algo que está em mim e que é indissociável na minha vida e que agora tive o privilégio de ver. Obrigado Sr. Adriano Filipe por ter tirado esta foto. Obrigado Sr. António Martins por ter publicado esta foto. Efectivamente não encontro palavras para expressar a minha gratidão quer ao Fotografo que cedeu e permitiu a publicação desta foto, quer ao Antonio Martins pela sua publicação online, no seu magnífico Blogue. O meu bem-haja a ambos. No antigamente estas “mós”, dia e noite, sem parar, moíam e moíam, transformaram milhões de grãos de milho em farinha, da qual se fazia a saborosíssima “Broa” que se consumia nas nossas aldeias. Um forte abraço, e renovo os meus agradecimentos. Victor Gonçalves
Amigo António Ao ver esta imagem publicada,leva-me aos tempos que o amigo Vitor se refere.Quando a rapaziada ia lá a baixo tomar uma balhoca,e o Tio Vergilio nos recebia com muito carinho.Lembro-me de nos trazer um enorme melão doce como o mel,e nos ofereceu um copo de morangueiro,aos que bebiam claro está. Ao amigo Victor agradeço o comentário no Sobreiras fiquei muito sensibilizado,assim como estas palavras tão sentidas aqui expressas,tenho gosto em lhe oferecer as recordações que possou ,pois elas para o Victor têm um valor muito especial. Mas não me trate por senhor.ok Um abraço ao amigo António,e um outro para o amigo Victor. A.Filipe
Uma grande placa de sinalização aponta para uma velha estrada alcatroada quase completamente coberta de caruma. Esta estrada desce serpenteando até a pequena povoação de Carvalhal Miúdo. No censo de 1527, ‘Carualhall meudo’ é alistado como tendo duas casas de habitação permanente. Hoje, a aldeia é constituída por duas ruas, (uma com muitos degraus, e a outra estreita e alcatroada), pequenas casas de xisto, algumas renovadas, algumas com alvenaria de grés vermelho à volta das janelas e portas e algumas até com granito. Mas no fundo da aldeia existe uma enorme quinta em ruínas. Isto era a casa da família mais rica da área, chamada Neves. Eles tinham muitas terras e cultivavam-nas com milho e azeitonas e com todo mais que a terra produzia. A quinta tinha cavalos e bois, muitos criados e os habitantes da aldeia trabalhavam nas terras. A produção era tão alta, que até pessoas de Cimo de Alvém vinham para comprar milho e azeite. Hoje, pouco restou da prosperidade da aldeia de outrora. Uma estreita estrada de terra batida leva até ao rio Ceira, onde, no passado, a aldeia tinha o seu próprio moinho, num local chamado Porto Ribeiro.
Ladeiras
A aldeia das Ladeiras situa-se ao longo e por baixo da EN2 que vai de Góis à Pampilhosa da Serra. A uma altitude de perto de 500 m oferece uma vista geral do vale do Ceira. Como o nome da aldeia deixa pensar, esta está rodeada de ladeiras e encontra-se protegida dos ventos fortes na encosta. Laranjeiras e limoeiros crescem na aldeia. ‘Ladeyras’ foi registada no censo de 1527 como havendo nesta altura três casas permanentemente habitadas. A parte mais velha da povoação encontra-se por baixo da estrada: uma série de casas de xisto traçam a estrada e abrem-se para uma pequena praça. A calçada é feita de brancas pedras de calcário. O restante da aldeia, que é constituído por casas mais novas, situa-se entre a estrada principal e a rua que passa mais acima, na encosta. A Casa do Convívio, no centro da povoação, é pintada de amarelo claro e em baixo, descendo um lanço de degraus, encontra-se o lavadouro. Existe uma Taberna na cave de uma das casas antigas no final da aldeia, perto da velha fonte. Uma senhora já de uma certa idade, contou-nos que ela, ainda muito nova, ficou responsável por 10 irmãos após a morte prematura da sua mãe. Ela deslocava-se duas vezes por semana para o moinho no Soito Redondo, em baixo junto ao rio Sótão, carregando o milho para aí moer. Assim ela podia, a seguir, cozer a broa para alimentar a família. As azeitonas que cresciam à volta da aldeia iam para o lagar em Góis e os encarregados deste vinham com carros de boi angariar as azeitonas nas aldeias de Pena, Povorais, Roda Cimeira, Roda Fundeira e Ladeiras.
4 comentários:
O Tempo parou, eu perdi a idade, recuei mais de 40 Anos…
Que saudade…
A nostalgia…
A recordação que repentinamente se apoderou de mim….
Eis que voltei ao meu passado, à minha meninice….
Recordo o som que estas mós faziam e que me embalaram nos primeiros dias da minha vida, pois foi exactamente, na casa por cima destas mós que eu nasci e que vivi os primeiros dias da minha vida. Apenas estávamos separados pelas tábuas e pelos barrotes que as suportavam…mas aquele som!
Na altura os meus queridos Pais não tinham nenhuma máquina fotográfica que registasse estes “momentos” das coisas, por isso é para mim, muito gratificante ver aqui publicado algo que me foi e, ainda é tão próximo, algo que está em mim e que é indissociável na minha vida e que agora tive o privilégio de ver.
Obrigado Sr. Adriano Filipe por ter tirado esta foto.
Obrigado Sr. António Martins por ter publicado esta foto.
Efectivamente não encontro palavras para expressar a minha gratidão quer ao Fotografo que cedeu e permitiu a publicação desta foto, quer ao Antonio Martins pela sua publicação online, no seu magnífico Blogue.
O meu bem-haja a ambos.
No antigamente estas “mós”, dia e noite, sem parar, moíam e moíam, transformaram milhões de grãos de milho em farinha, da qual se fazia a saborosíssima “Broa” que se consumia nas nossas aldeias.
Um forte abraço, e renovo os meus agradecimentos.
Victor Gonçalves
Amigo António
Ao ver esta imagem publicada,leva-me aos tempos que o amigo Vitor se refere.Quando a rapaziada ia lá a baixo tomar uma balhoca,e o Tio Vergilio nos recebia com muito carinho.Lembro-me de nos trazer um enorme melão doce como o mel,e nos ofereceu um copo de morangueiro,aos que bebiam claro está.
Ao amigo Victor agradeço o comentário no Sobreiras fiquei muito sensibilizado,assim como estas palavras tão sentidas aqui expressas,tenho gosto em lhe oferecer as recordações que possou ,pois elas para o Victor têm um valor muito especial.
Mas não me trate por senhor.ok
Um abraço ao amigo António,e um outro para o amigo Victor.
A.Filipe
há fotos que contam histórias. dá vontade de nos perdermos
=)
um beijo terno
deste
mar.
Nada melhor que uma imagem para preservar a memória... Muito bem, um abraço a todos!
Enviar um comentário