sexta-feira, 20 de junho de 2008

Antonino Barata Nunes

...Por ocasião do 25 º aniversário da sua morte, de forma abrupta e inesperada (...quando regressava, com a sua família, de um período de férias no Algarve, sofreu brutal acidente de viação, do qual veio a falecer), venho trazer-vos à memória a sua pessoa...

Natural do Esporão. Casou em Lisboa, com D. Odete Peres, e desse enlace matrimonial nasceram duas filhas. Funcionário da Caixa Geral de Depósitos e, naquele tempo, membro da Comissão de Melhoramentos do Esporão.
Era uma pessoa sensata, bom amigo, com bom sentido de humor...
Homem com uma cultura acima da média, adquirida pelo decurso da vida e pelos estudos nocturnos que encetou e o emanciparam no conhecimento e no estatuto. Estava sempre pronto a ajudar, tanto no aspecto físico, como no contexto intelectual (cheguei a obter dele explicações de Matemática, por altura do meu Ciclo Preparatório na Escola Nuno Gonçalves). Gostava, também, de confraternizar com a família e os amigos (diversas vezes nos encontrámos, e nos reunimos, em almoços, jantares, merendas, ou simplesmente para beber um copo e comer uns petiscos). Quando me casei fui morar para Alfama e, nesse tempo, quase todos os domingos nos encontrávamos para ír dar uns pontapés na bola e/ou fazer o circuito de manutenção no Estádio Nacional, com o meu tio Casimiro, o meu compadre Rui Salvo e seus filhos, o Luís Gomes, de Alfama, entre outros... que saudades!...
Em sua homenagem póstuma, vou transcrever, de seguida, um conjunto de frases semi-poéticas que ao momento do seu desaparecimento humano passei para o papel...

Falar de ti, meu amigo
é como escalpelizar minha mente!...
Algo se transforma
por embate incontrolável, bruscamente!...
Falar de ti, meu amigo
como se aqui estivesses...
com teu semblante sorrindo,
com tua alegria infinda!...
Como é possível?!...
Continuo a ver-te sem te encontrar!...

Por onde andas amigo,
porque te foste assim?

......................................

Talvez no próximo Natal
eu compreenda!...

......................................

Mas amigo, jamais compreenderei,
que aquele com que fiz "pelejas"
no Estádio Nacional,
que aquele que consentia
que com ele brincasse,
trocando da mesma forma
as minhas atitudes,
que aquele "careca"...
meu amigo de grandes virtudes,
desapareceu!...
Um abraço, amigo,
para sempre!...

António Martins
20/08/1983

Até sempre, amigo !!!


foto de Alzira Martins (um passeio a Évora...sr. Antonino é o 5º, em cima, a contar da esquerda - Agosto de 1973)

1 comentário:

Anónimo disse...

Soube ontem,pela minha madrinha, desta bela homenagem. Obrigada por tudo o que escreveste.
Passados 25 anos, continuamos todos a sentir muito a falta dele.

Mais uma vez, obrigada

Carla (a filha mais velha).